Um pensamento perturbador e o livro perdido.

Esta manhã pensei como é bom comer uma comida gostosa, ter uma esposa, filhos, ouvir uma boa música, se divertir, pensar; mas tudo isso acaba com o cansaço na hora de dormir, onde fechamos os olhos e tudo fica escuro.
Sei que alguns não gostam de dormir e até vão para festas e tomam substâncias para ficarem ativos e acordados.
A verdade é que uma hora todo mundo dorme.
E se eu caísse em um buraco profundo e escuro, no esquecimento, no meio do nada sem ter força para me reerguer e ficasse preso lá?
O fim de tudo.
Sem esposa, filhos, parentes, sabores, sensações, claridade?
Sem tudo aquilo que torna a vida tão prazerosa e nunca mais voltasse.
E se minha mente e pensar ainda estivessem vivos nesse caos silencioso?
Perturbador.
Eu ia precisar de algo que substituísse essa falta de alegria e prazer.
Pois essas coisas por tão boas que sejam, não permanecem após o sono da morte.
Muitos pensam que após morte não existe o pensar, mas se existe, isso a torna aterrorizante.
Algo tão forte que ninguém pode com ela.
Ricos, pobres, sempre são vencidos por ela e nada levam após ela.
O pior dos pesadelos.
Sei que no livro perdido e empoeirado está escrito:


51. Eis que eu vos declaro um mistério: nem todos adormeceremos, mas certamente, todos seremos transformados,
52. num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta. Porquanto a trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados.
53. Pois é impreterível que este corpo que perece se revista de incorruptibilidade, e o que é mortal, se revista de imortalidade.
54. No momento em que este corpo perecível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal, for revestido de imortalidade, então se cumprirá a palavra que está escrita: “Devorada, pois, foi a morte pela vitória!”
55. “Onde está, ó Morte, a tua vitória? Onde está, ó Morte, o teu aguilhão?”
(1 Coríntios, 15.51-55).

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