O verdadeiro conhecimento.


A Grécia é o berço da filosofia ocidental e a palavra filosofia significa amor à sabedoria. Nossa gramática está repleta de palavras oriundas de radicais gregos. A população grega era fascinada pela busca do conhecimento, como o Apóstolo Paulo disse em 1 Coríntios 1.22.
Temos notado que nos dias de hoje, com o crescimento de aplicativos, têm surgido grupos virtuias onde pessoas se comunicam por celular ou computador. Nesses grupos ultimamente notamos um que se dizia “reformado” ; onde pessoas compartilhavam inúmeros livros em PDF, se comunicavam com linguagar rebuscado, tinham tendências a debates, menosprezo com outras denominações, e uma espécie de gurus do conhecimento reformado; alguém com o conhecimento apenas teórico da Reforma, como crianças mimadas que brincaram de reformados jogando bola de gude no tapete da sala; ou seja, sem experiência de uma fé prática.
Não adianta ter o celular cheio de PDFs reoformados, nem ter conhecimento teórico dos puritanos se não viver como eles viveram.
Nesses grupos de aplicativo notamos também um com uma espécie de ecumenismo, onde podia se achar membros de uma seita com tendências judaízantes, onde faziam severas críticas aos escândalos das denominações modernas, e também criticava se a tradução bíblica de João Ferreira de Almeida (primeira tradução brasileira). Esses judaizantes aparentavam ter também uns gurus que afirmavam ter umas supostas traduções orgânicas melhores, eram adeptos da herética Cabala judaica e apreciadores dos livros históricos apócrifos que não fazem parte das Bíblias dos cristãos tradicionais.
Nestes dois grupos de aplicativo ambos idolatravam o saber (conhecimento); se orgulhavam deste pseudo conhecimento; buscavam respostas para seus questionamentos, mas nunca falavam de seus pecados, nem de visitar enfermos, e nem de coisas práticas. Estavam mais preocupados com seus questionamentos do que com os proṕrios pecados.
Os gurus destes grupos de aplicativo tinham as características do demagogo por Kraus:
“O segredo do demagogo é se fazer passar por tão estúpido quanto sua platéia, para que esta imagine ser tão esperta quanto ele”. (Karl Kraus).
Esses gurus demagogos tinham seduzido muitas pessoas com um falso conhecimento.
Mas como fazemos para diferenciar o verdadeiro do falso conhecimento?
Isso podemos aprender nas cartas de Paulo aos Coríntios:


Porque as armas da nossa guerra não são humanas, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo.
2 Coríntios 10.4-5.


A igreja de Corinto era amante do conhecimento de Paulo, Apolo e outros servos de Cristo; mas infelizmente pelo fato de ser amante do conhecimento, acabou se deixando enganar por um falso conhecimento. Este falso conhecimento era propagado por hebreus com uma falsa superioridade (Paulo os chama ironicamente de superapóstolos), eles se vanglorivam por serem judeus, gostavam de dinheiro e presentes, e se diziam detentores de grande conhecimento intelectual e das Escrituras.
O conhecimento destes super falsos mestres era uma cultura inútil; se fosse nos dias de hoje seria algo parecido com um guru moderno que acha na internet um suposto historiador que afirma ter descoberto a cor das sandálias de Moisés por exemplo.
Os falsos mestres demagogos sempre irão bajular e amar serem bajulados; apresentam se com um conhecimento especial e superior, mas sem praticidade cristã verdadeira.
Em 2 Coríntios 10.4, o Apóstolo Paulo disse que não usava armas humanas nem conhecimento humano ou oratória com intuito de convencer ou agradar as pessoas; Paulo também afirma que pregava o Evangelho sem uso de sabedoria humana para que a cruz de Cristo não fosse anulada (1 Coríntios 1.17 e 2.1).
Paulo tinha convicção de que suas armas eram poderosas em Deus para destruir fortalezas (conhecimentos satânicos) disfaçados de verdades bíblicas (sofismas).
Esses falsos conhecimentos são satânicos porque ao invés de exaltar a Glória de Deus, exaltava o intelecto do guru e o das pessoas (altivez).
Em 2 Coríntios 10.5, vemos que a altivez (orgulho) do conhecimento dos superapóstolos (falsos mestre de Corinto) se levantava contra o conhecimento de Deus.
O conhecimento de Deus não é algo complexo; pelo contrário, é pura e simplesmente levar todo pensamento e obediência cativo (preso) à Cristo. Direcionar toda glória e pensamento à Cristo.
Paulo se preocupava que a falsa intelectualidade e conhecimento dos falsos mestres afetassem a igreja de Corinto:


Mas receio que, assim como a serpente enganou a Eva com a sua astúcia, assim também seja corrompida a vossa mente e se aparte da SIMPLICIDADE e pureza devidas a CRISTO.
2 Coríntios 11.3.


A palavra SIMPLICIDADE vem do grego (Haplotetos) e quer dizer literalmente algo não complexo, algo sincero e claro; Cristo quer nossa fé prática e com simplicidade para com Ele; e não baseada em conhecimentos avançados de falsos mestres pseudo intelectuais.
Paulo ensinava o conhecimento que levava ao relacionamento da igreja com o próprio Cristo; os falsos mestres enfeitavam o pavão da intelectualidade para reter a gĺoria em si mesmos.
Essa simplicidade não complexa e prática do conhecimento de Cristo combina com o que Moisés disse:


O que hoje lhes estou ordenando não é difícil fazer, nem está além do seu alcance.
Deuteronômio 30.11.


Este versículo onde Moisés fala do Mandamento de Deus que não é algo difícil (Niplet em hebraico); também dá idéia que não é algo complexo como os falsos conhecimentos da Cabala e falsas teorias modernas.
Em todo capítulo 11 de 2 Coríntios o apóstolo Paulo as diferenças do verdadeiro e do falsos conhecimento;
O falso conhecimento era propriedade dos falsos mestres, lhes rendia lucro, presentes e bajulação dos homens, produzia glória ao homem.
O verdadeiro conhecimento era ensinado por Paulo; o do Evangelho que exaltava a Glória de Cristo, que lhe rendia perseguição, apedrejamentos, naufrágios, e muitas humilhações.
Leiamos o catecismo:

“Pergunta 155.
Como a Palavra se torna eficaz para a salvação?
Resposta:
O Espírito de Deus torna a leitura e especialmente a pregação da Palavra meios eficazes para iluminar, convencer e humilhar os pecadores; para lhes tirar toda confiança em si mesmos e os atrair a Cristo; para os conformar à sua imagem e os sujeitar à sua vontade; para os fortalecer contra as tentações e corrupções; para os edificar na Graça e estabelecer o coração deles em santidade e conforto mediante a fé para a salvação.
Referências Bíblicas:
Salmos 19.8; Atos 26.18; Jeremias 23.28, 29; Hebreus 4.12; 1 Coríntios 14.24, 25;
Atos 2.37,41; 2 Coríntios 3.18; 2 Coríntios 10.4,5; Salmos 19.11; Efésios 6.16, 17; Efésios 4.11,12; Atos 20.32; 2 Timóteo 3.15-17; Romanos 16.25; 1 Tessalonissences 3.2, 13.
(Catecismo Maior de Westminster).

Marcos servo de Cristo.



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