Reunião das árvores.

Certa vez as árvores se reuniram para uma conversa; por estar plantadas, elas não tinham pressa.
A cerejeira disse em tom forte: “Minha madeira é nobre, a última cereja é pros fortes.
O coqueiro disse: “Quem não bebe minha água geladinha? De todas vocês sou a mais antiga”.
Falou o Ipê: “Perto dos prédios estou mais que vocês; sempre me olham das janelas dos Apês”.
Disse o jatobá: “Quem me conhece gosta de chá; difícil é me abraçar”.
Disse o Juazeiro: “Dentes brancos dou pro sujeito, bom hálito e um sorriso perfeito”.
Disse a oliveira: “Seu queijo vêm do leite; mas o sabor de sua salada vêm do meu azeite”.
Disse o salgueiro: “Com gripe você espirra; se tiver dor de cabeça te dou uma aspirina”.
Disse a sapucaia: “Se fazer a barba, cuidado com a navalha; se subir em mim, não caia”.
Disse a serigueira: “Aranha faz teia, eu a borracha do carro que você passeia”.
As árvores após suas citações, calcularam que juntas somam três trilhões;
Mas quem realizou suas plantações?
O que se sabe é que industrias e queimadas por ano mata delas 10 bilhões.
Quem inventou o veículo motorizado foi um gênio,
e quem inventou a árvore que produz oxigênio?
Tokio e Nova Yorque estão entre as mais ricas cidades;
as árvores garantém mais de 80 por cento da biodiversidade.
Quem as plantou ou polinizou?
Será que foi o Ibama?
Não; porque esse órgão só tem 27 anos, 8 meses, e duas semanas.
A propósito; 80 por cento da polinização de árvores e plantas não é feito por mão humana.
Se perguntar às abelhas, como elas vão entender a semântica?
Se perguntar ao Salmista, ele explica com dança:


Faz crescer a erva para o gado, e a verdura para o serviço do homem, para fazer sair da terra o pão,
E o vinho que alegra o coração do homem, e o azeite que faz reluzir o seu rosto, e o pão que fortalece o coração do homem.
As árvores do Senhor fartam-se de seiva, os cedros do Líbano que ele plantou,
Onde as aves se aninham; quanto à cegonha, a sua casa é nas faias.
Os altos montes são para as cabras monteses, e os rochedos são refúgio para os coelhos.
Designou a lua para as estações; o sol conhece o seu ocaso.
Ordenas a escuridão, e faz-se noite, na qual saem todos os animais da selva.
Os leõezinhos bramam pela presa, e de Deus buscam o seu sustento.
Nasce o sol e logo se acolhem, e se deitam nos seus covis.
Então sai o homem à sua obra e ao seu trabalho, até à tarde.
Ó Senhor, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia está a terra das tuas riquezas.
Salmo 104.14-24.


Marcos servo de Cristo.

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