Tese sobre Batismo.

Graça e paz da parte de Cristo.

Sou o Marcos, atualmente tenho 34 anos e estou frequentando a Igreja Presbiteriana de Irajá no Rio de Janeiro. Aos 15 anos de idade conheci o Evangelho e fui membro da Igreja Presbiteriana do Caju, onde fui consagrado Diácono com 19 anos de idade.

Por motivos de mudança de residência congreguei alguns anos na Igreja Presbiteriana de Rocha Miranda, lá recebi direção de Deus através de meses de oração para congregar na Igreja Nova vida de Rocha Miranda; onde fiz cerca de dois anos de seminário.

O Seminário foi interrompido no momento em que critiquei um dos pastores por levar uma deputada federal para falar no púlpito, mesmo tendo saído do seminário continuei vários anos na comunidade fazendo a obra do Senhor ao levar uma senhora com problemas de locomoção para que chegasse aos cultos nos domingos.

Mais uma vez por direção de Deus, e desta vez já casado, fui com minha esposa que ainda não era batizada para a Igreja Batista de Madureira, onde tentaram invalidar meu batismo de aspersão na Igreja Presbiteriana do Caju.

Neste período, descontente com atitudes humanas dos líderes das duas últimas igrejas que estive; resolvi batizar minha esposa dentro de minha casa usando um copo de água, após ter feito um estudo bíblico com ela por cerca de um mês.

Atualmente lemos a Bíblia em casa diariamente e como disse no início, estamos frequentando a Igreja Presbiteriana, a qual só aceita batismos feitos por pastores de igrejas reconhecidas por leis brasileiras.

Minha esposa vê como valido seu batismo realizado por mim em casa, eu também; por isso resolvi escrever uma tese sobre batismo para levar ao supremo concílio da igreja Presbiteriana do Brasil.

Tese sobre o batismo.

Uma denominação não pode restringir ou delegar poder para batizar a seu bel prazer de julgamento senão declarar e confirmar aquilo que Já foi ordenado e delegado por Jesus Cristo na chamada grande comissão em Mateus 28.16-20; Marcos 16.14-16; Lucas 24.44-49 e João20 e 21.

Todos os quatro Evangelhos mencionam a Ressurreição de Jesus e suas instruções finais. Porém, sabemos que cada um tem um jeito literário ou ângulo de vista diferente, além de público leitor diferenciado.

Mateus e Marcos em seus evangelhos enfatizam que Jesus falou aos onze quando ressuscitou. João menciona cenários deferentes, que talvez só ele tenha visto como a restauração de Pedro em um momento íntimo com Jesus. Lucas por ser médico e detalhista, menciona para o grego Teófilo o seguinte:

E, na mesma hora, levantando se, voltaram para Jerusalém, onde acharam reunidos os onze e outros com eles, Lucas 24.33.

Com isso entende se que a ordem para testemunhar, pregar, ensinar e batizar não era algo restrito aos onze; afinal quanto tempo levaria para apenas onze pregar e batizar todas as nações?

1-Em Atos 8.12 Lemos Felipe batizando.

2-Em Atos 8.14-16 Lemos que os Apóstolos souberam que em Samaria algumas pessoas foram batizadas em nome de Jesus, e não foi por eles; chegando lá, Pedro e João não invalidaram os batismos, porém oraram para que recebessem o Espírito Santo.

3-Em Atos 8.36 Felipe batiza o eunuco.

4-Em Atos 9.16-18, e em Atos 22.16, Ananias que não conhecia os Apóstolos, batizou Paulo. Não é mencionado que Ananias tinha cargo instituído.

5-Em Atos 10.47 Pedro batiza os gentios além de aprender a não chamar de impuro o que Deus chamou puro.

6-Em Atos 16.15 Paulo e seus companheiros batizam a família de Lídia.

7-Em Atos 16.33 Paulo e Silas batizam um carcereiro e sua família.

8-Em Atos 18.8 Crispo, sua família e muitos dos Coríntios foram batizados; mas cabe ressaltar que em 1 Coríntios 1.13-16, Paulo diz que batizou apenas Crispo, Gaio e a família de Estéfanas. Logo, dos muitos que foram batizados dos Coríntios, a maioria foi por outros cristãos e não Paulo.

9-Em Atos 19.5 Paulo batizou os de Éfeso; os quais lhes enviou uma carta onde diz que há um só batismo e um só Deus que age em todos.

Estas foram 12 citações bíblicas de um total de 81 ocorrências da palavra grega Baptizo, no Novo Testamento.

Em nenhuma das 81 encontramos restrição quanto a prática do batismo ser feita por cristãos sem cargo eclesiástico reconhecido.

O próprio Paulo só foi conhecido pelos outros Apóstolos alguns anos após ser batizado por Ananias.

Se você é um cristão verdadeiro testemunhe, pregue, ensine e batize em nome de Jesus em qualquer lugar (se necessário até no deserto longe do palco) para que depois as pessoas se reúnam com outras nas igrejas.

Assim, que haja mais apego a Bíblia e menos as instituições e suas normas de conduta, para que se obedeça mais a Cristo que aos homens.

Se hoje somos cristãos no Brasil e outros lugares longe da Judéia; tenha certeza que foi necessário mais que onze e as instituições atuais.

Marcos Almeida de Maria.